quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Doce Loukura


Quando tinha entre 13 e 14 anos, montei um grupo de samba com alguns colegas de idades parecidas. Meu pai sempre gostou muito de samba, então apadrinhou o grupo, comprando todos os instrumentos para podermos ensaiar, nos levava para shows, carregava todos os equipamentos e mais o que precisasse.

Acabei ali tendo minha primeira experiência como líder e, ali tive meu primeiro fracasso como um.

Não era um líder que exercia autoridade, simplesmente tinha o poder, era o dono do grupo, eu montei o grupo, eu tinha os instrumentos, então o grupo era meu e eu mandava. É, de fato, não estava preparado para essa oportunidade de liderar pessoas.

Éramos jovens, muitos deles estavam nisso por brincadeira e não gostavam de ensaiar, isso me deixava furioso, pois levava aquilo à sério demais, sempre fui muito competitivo. Eu reclamava, ameaçava e fazia de tudo para que eles ensaiassem, e se algo saísse do planejamento eu ficava revoltado.

Eu não exercia liderança colaborativa e também não era visto assim. Infelizmente como para todos não passava de brincadeira ninguém tomou meu lugar. Eu nem era o melhor instrumentista ou cantor, pensando bem, era bastante preguiçoso para a música, não sei por que cobrava tanto. Tínhamos duas estrelas Sandro vulgo Guelo, e Douglas também chamado de Sapê, os dois eram os mais novos e mais talentosos do grupo. Eles tocavam reco-reco e surdo, respectivamente, mas sabiam tocar qualquer outro instrumento de percussão que dessem a eles, realmente eles eram muito bons, mas também os menos dedicados, por serem melhores que todos os outros. Muitas vezes não iam ensaiar, às vezes chegavam atrasados aos shows.

Então, depois que eles sentiram que eu não exercia mais controle sobre eles, faziam as coisas para me desafiar e ver quem era o mais forte e eu sempre entrava na briga. Isso foi nos desgastando.

Sempre depois de uma briga eu procurava remediar a relação, acabava fazendo suas vontades, os deixando com mais poder sobre mim.

Foi uma época muito divertida conhecemos muitas pessoas e lugares, mas eu não estava preparado para lidar com conflitos, sempre pensei que ganharia no grito e isso é muito ruim. Fui um mau líder.

Hoje em dia nos damos melhor que na época, até porque já crescemos e hoje rimos de tudo isso.

                Depois que o grupo acabou eu fiquei um pouco traumatizado com liderança e quis estudar sobre o assunto, para que no futuro eu não cometesse os mesmos erros.

  • Nunca entre em um conflito de egos com sua equipe. 
  • Você não é um líder com autoridade, a não ser que sua equipe o veja assim.
  • Procure aperfeiçoar seus talentos pessoais e profissionais para que possa liderar uma equipe.
  • Não seja mão de ferro, mas não seja mole demais.
  • Não faça o melhor para você ou para um, sempre busque o melhor da equipe.
  • Se errou, admita peça desculpas e conserte o erro.
  • Busque a motivação de sua equipe para sempre serem os melhores, mas que para isso precisam de treino.
  • Você pode até ser bom sozinho, mas com uma equipe engajada, será muito superior.



O que me ajudou a crescer nesse sentido?
Na UNESA, Gestão para Indústria de Petróleo e Gás, todas as matérias relacionadas a liderança e gestão de pessoas.

Todos os livros e artigos que li sobre o assunto, que serão citados em breve no blog.





Na frente: camisa azul, Sandro (Guelo), Eu no meio e Rodrigo (Digo).
Atrás:  Boné amarelo, Rivert, Douglas (Sapê) no meio e Vinicius.

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