quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A vida na Escola.

Nunca fui uma criança de família rica, mas também nunca fui à criança mais pobre da rua. Até porque moro em um lugar não tão desenvolvido.  Nasci e moro em Mesquita na Baixada Fluminense, próximo a Chatuba. Minha família até quando pode pagou colégios particulares, quase nunca os melhores, mas era o melhor que eles podiam fazer pela minha educação.

Sempre fui um rapaz franzino e tímido até a oitava série, que hoje é o nono ano, nunca fiz tanto sucesso com as mulheres, passava longe de andar com os mais populares, e de vez em quando os alunos mais velhos pegavam no meu pé e eu levava uns cascudos. Graças a Deus sobrevivi a está época.

Eu também não era o mais inteligente da classe, mas quase não tirava nota vermelha. Quase sempre passei de série sem recuperação, mas meu boletim era mediano. Porém sempre fui muito criativo e isso me ajudou muito. Minha família também nunca vetou esse meu lado e me ajudava em muitas coisas.

Na primeira série lembro-me de ter ganhado um concurso de redação disputado entre todo o colégio, claro que minha mãe me ajudou nessa, mas mesmo assim tinha ficado animado com a vitória, até saber que teria que ler perante todos os alunos da escola. Aquilo me desesperou, mas mesmo assim encarei. Foi um desastre não tinha uma boa leitura ainda e fiquei muito nervoso, demorei uns 20 minutos para ler umas 30 linhas. Depois daquele dia fiquei mais tímido ainda, mas foi meu primeiro contato com o público.

Meu segundo contato com o público, foi na quarta série, em uma feira de ciências organizada pela minha escola. Só que nessa eu estava mais preparado. Éramos três pessoas no grupo e depois de algumas horas falando eu já tava tranquilo e também já tinha aprendido a fala dos meus dois colegas e do grupo ao meu lado. Então eles aproveitaram isso para ver a feira enquanto eu explicava nosso trabalho completo. A professora vendo isso veio me perguntar, o porquê, de eu estar sozinho no meu grupo, então tive que contar a verdade, (aprendi a duras penas que não se pode dedurar o seu grupo), a professora deu uma bronca em meus colegas e eu apanhei um pouco depois da feira.

Ela também percebeu que poderia me usar como um coringa para que os outros grupos também pudessem ter seu tempo na feira, então fui passando de grupo em grupo aprendendo tudo sobre todos os assuntos e explicando bem. Isso me rendeu uma nota dez, uns cascudos e um pouco mais de conhecimento da matéria.

Na quinta série eu já estava mais solto que nos anos anteriores. Meu pai me levava a muitos bailes de Soul Music, então aprendi a dançar e isso faz parte de mim até hoje, aprendi dançar alguns ritmos e sempre que posso pratico esse belo hobbie. Eu estava mais solto, mas por ser franzino ainda tinha problemas com os alunos mais velhos.

Um belo dia minha professora de português Srª Telma, inventou uma apresentação onde à turma tinha que dançar uma musica da dupla Sandy e Júnior. Nos ensaios eu acabei me destacando devido ao Soul, então a Srª Telma me deu uma posição de destaque entre os alunos. Isso me ajudou a sair vivo da quinta e sexta série.

Tive outras experiências no ensino fundamental que me ajudaram no quesito inibição, mas esses foram alguns que sempre lembro quando tenho que dar alguma palestra, aulas, ou conquistar um novo cliente.

Com essas histórias vejo quanto é bom ser uma pessoa que consegue se comunicar e criar. Hoje as escolas pecam muito por não trabalharem o lado esquerdo do cérebro assim como trabalham o direito. Nunca fui bom em colorir, pintar, ou qualquer coisa relacionada à educação artística dada nas escolas, mas se as escolas tivessem música, teatro, dança, ajudaria a quebrar muitos preconceitos e a desenvolver seres humanos mais criativos.

Estimulem a imaginação de nossas crianças e vejam do que elas são capazes! Segue abaixo um vídeo que explica muito bem um pouco do que eu vivi.

Ken Robinson says schools kill creativity
(Ken Robinson diz que a escola mata a criatividade):

Um curso que me ajudou a melhorar minha comunicação pessoal foi

Marketing Pessoal (curso de férias UNESA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário