Nunca fui uma criança de
família rica, mas também nunca fui à criança mais pobre da rua. Até porque moro
em um lugar não tão desenvolvido. Nasci e moro em Mesquita na Baixada
Fluminense, próximo a Chatuba. Minha família até quando pode pagou colégios
particulares, quase nunca os melhores, mas era o melhor que eles podiam fazer
pela minha educação.
Sempre fui um rapaz
franzino e tímido até a oitava série, que hoje é o nono ano, nunca fiz tanto
sucesso com as mulheres, passava longe de andar com os mais populares, e de vez
em quando os alunos mais velhos pegavam no meu pé e eu levava uns cascudos.
Graças a Deus sobrevivi a está época.
Eu também não era o mais
inteligente da classe, mas quase não tirava nota vermelha. Quase sempre passei
de série sem recuperação, mas meu boletim era mediano. Porém sempre fui muito
criativo e isso me ajudou muito. Minha família também nunca vetou esse meu lado
e me ajudava em muitas coisas.
Na primeira série
lembro-me de ter ganhado um concurso de redação disputado entre todo o colégio,
claro que minha mãe me ajudou nessa, mas mesmo assim tinha ficado animado com a
vitória, até saber que teria que ler perante todos os alunos da escola. Aquilo
me desesperou, mas mesmo assim encarei. Foi um desastre não tinha uma boa
leitura ainda e fiquei muito nervoso, demorei uns 20 minutos para ler umas 30
linhas. Depois daquele dia fiquei mais tímido ainda, mas foi meu primeiro
contato com o público.
Meu segundo contato com o
público, foi na quarta série, em uma feira de ciências organizada pela minha
escola. Só que nessa eu estava mais preparado. Éramos três pessoas no grupo e
depois de algumas horas falando eu já tava tranquilo e também já tinha
aprendido a fala dos meus dois colegas e do grupo ao meu lado. Então eles aproveitaram
isso para ver a feira enquanto eu explicava nosso trabalho completo. A
professora vendo isso veio me perguntar, o porquê, de eu estar sozinho no meu
grupo, então tive que contar a verdade, (aprendi a duras penas que não se pode
dedurar o seu grupo), a professora deu uma bronca em meus colegas e eu apanhei
um pouco depois da feira.
Ela também percebeu que
poderia me usar como um coringa para que os outros grupos também pudessem ter
seu tempo na feira, então fui passando de grupo em grupo aprendendo tudo sobre
todos os assuntos e explicando bem. Isso me rendeu uma nota dez, uns cascudos e
um pouco mais de conhecimento da matéria.
Na quinta série eu já
estava mais solto que nos anos anteriores. Meu pai me levava a muitos bailes de
Soul Music, então aprendi a dançar e isso faz parte de mim até hoje, aprendi
dançar alguns ritmos e sempre que posso pratico esse belo hobbie. Eu estava
mais solto, mas por ser franzino ainda tinha problemas com os alunos mais
velhos.
Um belo dia minha
professora de português Srª Telma, inventou uma apresentação onde à turma tinha
que dançar uma musica da dupla Sandy e Júnior. Nos ensaios eu acabei me
destacando devido ao Soul, então a Srª Telma me deu uma posição de destaque
entre os alunos. Isso me ajudou a sair vivo da quinta e sexta série.
Tive outras experiências
no ensino fundamental que me ajudaram no quesito inibição, mas esses foram
alguns que sempre lembro quando tenho que dar alguma palestra, aulas, ou
conquistar um novo cliente.
Com essas histórias vejo
quanto é bom ser uma pessoa que consegue se comunicar e criar. Hoje as escolas
pecam muito por não trabalharem o lado esquerdo do cérebro assim como trabalham
o direito. Nunca fui bom em colorir, pintar, ou qualquer coisa relacionada à
educação artística dada nas escolas, mas se as escolas tivessem música, teatro,
dança, ajudaria a quebrar muitos preconceitos e a desenvolver seres humanos
mais criativos.
Estimulem a imaginação de
nossas crianças e vejam do que elas são capazes! Segue abaixo um vídeo que explica
muito bem um pouco do que eu vivi.
Ken Robinson says schools kill creativity
(Ken Robinson diz que a
escola mata a criatividade):
Um curso que me ajudou a
melhorar minha comunicação pessoal foi
Marketing Pessoal (curso
de férias UNESA)
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