Conversando
com especialistas em economia e consumo em dezembro do ano passado, logo após a
divulgação dos resultados do terceiro trimestre brasileiro, montei alguns
cenários para o mercado dos cursos de inglês.
Relata-se
que o mercado para cursos de inglês está em crescimento e que os cursos vão ter
bons resultados em 2013 devido a copa e aos jogos olímpicos, mas não foi assim
que aconteceu em janeiro deste ano na baixada e na Zona Norte do rio de Janeiro.
Analisando
o andamento do mercado cheguei à conclusão que os resultados do mês de janeiro,
período em que os cursos têm excelentes números de matricula, não seria tão bom
quanto ao do ano passado.
Magia do IPI reduzido
As
vendas no setor automobilístico no ano de 2012 tiveram uma crescente de 6,1% comparado
com 2011, foram mais de 3,63 milhões de carros emplacados em 2012, e não foi só
isso. Isso foi um recorde das montadoras que já haviam vindo de um recorde
histórico em 2011.
Localidade dos cursos VS. A esperança
dos Jogos internacionais
Os
cursos citados se encontram fora das capitais onde os jogos vão acontecer, por
isso saem perdendo com toda essa história. As pessoas que estão procurando o inglês
para trabalhar nos jogos, normalmente, trabalham nesses grandes centros optando
fazer o curso em seu local de trabalho.
Endividamento da População
O
povo brasileiro está menos endividado segundo pesquisas do Perfil econômico do
consumidor (PEC), somente 40% dos consumidores pagavam algum tipo de
parcelamento em 2012.
Em
contrapartida, os financiamentos que tiveram alta foram os financiamentos
habitacionais que cresceram 1% e os empréstimos em financeiras e em bancos que
subiram de 4% para 7% e 3% para 5% respectivamente.
Com
esses dados os leitores devem pensar que o brasileiro está com mais crédito e
também está sem dívidas e pode investir nesses cursos.
Sim
e não.
Sim,
os brasileiros estão com crédito.
Não,
eles não investiram em cursos de inglês principalmente na baixada e zona norte
no mês de Janeiro.
Juntando
os dados do natal crescente para o comércio com esses acima temos as seguintes
informações.
·
Os brasileiros terminaram de pagar suas
contas em dezembro, porém usaram nas compras das festividades.
·
Segundo o Fecomércio 60% dos entrevistados em
uma pesquisa de endividamento disseram que não sobraria dinheiro para
investimentos.
·
Os outros 40% que tiveram sobra deram
preferência a se endividar novamente com os seguintes itens: 24% gastaram com
alimentação, 17% pouparam para necessidades futuras, 8% gastaram com lazer e 6%
pagaram contas ou prestações.
Olhando
esse cenário vamos deixar a seguinte pergunta: quantos desses 17% vão investir
em cursos de inglês?
Em
outra pesquisa do próprio Fecomércio eles informaram que 15% dos brasileiros
entrevistados pretendem comprar bens duráveis, no mês de dezembro, janeiro e
fevereiro.
A pesquisa foi realizada com mil entrevistados em
70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas.
Maldita sorte inflacionária.
Segundo especialistas do Fecomércio: “Em 2012, o
grupo alimentação e bebidas subiu 9,86%, acima dos 7,18% obtidos em 2011. Os
alimentos consumidos fora do domicílio tiveram alta de 9,51% e os consumidos no
domicílio, de 10,04%. Os destaques foram açúcar cristal (-8,74%) e o refinado
(-3,22%) e as carnes (-0,67%)”.
Isso
comparado com o moderado reajuste do salário mínimo ajudou nessa baixa de
janeiro para os cursos.
Em uma matéria do jornal O Dia de
12 de janeiro de 2013, eles constataram que a inflação de 2012 afetou
principalmente famílias de baixa renda. E quem é a grande maioria que mora nos
locais desses cursos?
E o que fazer?
Segundo
Marcio Rolla, especialista em consumo: “Se há um desaquecimento no setor, é
fundamental o investimento em mídia de massa, para captar um número maior de
consumidores. Posteriormente, há a necessidade de uma política mais agressiva
para retenção de uma grande parte desse bloco”.
Como esses cursos se saíram?
Dos cinco cursos entrevistados, quatro cursos
tiveram resultados menores em relação a 2012, e desses quatro, apenas um teve
um investimento menor em marketing em janeiro de 2013 comparado com 2012.
O curso que obteve um
resultado melhor em 2013 comparado com 2012, investiu quase o dobro em mídias
de massa e também teve algumas políticas de contenção reduzindo seus
trancamentos.
Minha opinião
Em
fevereiro e março a previsão é de possível melhora em relação a janeiro de
2013.
Há possibilidade de melhora nos meses de
junho e julho de 2013 em comparação ao ano de 2012.
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