Sempre fui
bastante inquieto e ansioso e não foi diferente na AGETRANSP. Lá passei por
diferentes setores, consegui conhecer muita gente e aprendi bastante coisa.
Meu primeiro
chefe foi um dos conselheiros da Agência, eu era um funcionário do gabinete, cargo
que era desejado por alguns que estavam lá. O serviço era mais administrativo,
eles eram muito desorganizados para distribuir processos, as resoluções e
documentos que eram recebidos ou feitos. Com isso minha função era organizar e
acelerar a distribuição. Tinha uma função extra que se baseava em dar suporte à
ouvidoria que sempre precisava de pessoas, devido à má gestão do Ouvidor e ao
quantitativo.
O conselheiro
era uma pessoa boa, mas um líder autoritário, as pessoas o temiam e comigo não
era diferente, nunca tive um relacionamento com ele, tivemos poucas conversas e
as que tivemos não eram agregadoras. Isso junto com outras coisas que
aconteciam me fazia mal, literalmente, perdi qualidade de vida e volta e meia
estava dentro de um consultório médico.
Eu já tinha
resolvido todos os problemas de distribuição e organização dos documentos e as
estagiárias já estavam conseguindo desenvolver todos os novos processos havíamos
criado. Eu não me sentia mais útil, não tinha muito trabalho a fazer.
Fiquei nessa
função durante dois anos até que o Ouvidor precisou de mais um funcionário definitivo
e como eu já conhecia o trabalho, fui realocado para o setor. Quando cheguei lá
descobri que eu além de atender clientes teria que fazer algumas funções acumuladas
como os relatórios das concessionárias. Acredito que esse foi meu primeiro
contato com a criação de relatórios estatísticos que hoje uso para auxiliar as
tomadas de decisão no marketing.
Confesso que o
clima na ouvidoria não era dos melhores e para completar o ouvidor, que era um
líder mais liberal, começou a criar alguns problemas. Meu serviço estava todo
feito e os relatórios atrasados já não existiam mais, só que além da ouvidoria
eu também estava resolvendo algumas questões da agência relacionadas às
licitações para serviços de comunicação, meu desempenho estava sendo elogiado
em vários setores e ele não gostou muito disso e começou a dificultar em alguns
pontos a minha vida dentro da agência.
No turno da
tarde eu não tinha mesa para trabalhar na ouvidoria, então aproveitei a
oportunidade e comecei a trabalhar no setor financeiro da agência. Tinha uma rotina
pela manhã na ouvidoria e à tarde no financeiro. O financeiro era um lugar muito bom de
trabalhar, pessoas maravilhosas, trabalho mais desafiador, líderes servidores
dispostos a conversar e ensinar.
Eu manifestava
claramente meu interesse em ficar no financeiro, mas tinha que cumprir meus
compromissos com a ouvidoria, até um dia em que a coisa tomou um rumo não muito
bom.
O ouvidor e eu
entramos em uma discussão, onde ele me fez um pedido absurdo e eu recusei,
quando disse não, ele se exaltou e começou a gritar. Naquele momento minha
vontade era de dar um murro na cara dele, mas me contive e só ouvi. A partir
desse dia, eu fiquei só no financeiro e os superiores preferiram abafar o caso
para não cair nos ouvidos do Conselheiro.
1- As
mudanças de setores me ajudaram a ficar menos acomodados.
2- Em
cada setor tive relacionamentos diferentes com a liderança o Conselheiro era um
líder temido e autoritário, o Ouvidor era Liberal e não era respeitado e os
líderes do financeiro eram servidores, companheiros e preocupados em ensinar.
3- Em
qualquer organização poderemos encontrar todo tipo de líder, eu me relacionei
melhor com os altruístas, mas e você qual liderança você gostaria de ter. E se
você é um líder qual tipo de liderança você exerce?
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