terça-feira, 28 de maio de 2013

O Fim da GriffdeRua

Depois de enfrentarmos muitas lutas juntos e passarmos por muitas alegrias chegou o momento do fim.


Foi um pouco antes do desfile quando recebi uma proposta para trabalhar na AGETRANSP, no fundo eu não queria aceitar, pois sabia que seria ruim para GriffdeRua, mas por pressão familiar e depois dos equívocos financeiros que cometemos aceitei o cargo para ganhar experiência e ter dinheiro para tocar o negócio.

Meu emprego foi só a ponta do iceberg. Há algum tempo meu pai não estava satisfeito com os serviços que não eram da GriffdeRua e com a falta de dinheiro para continuar sendo o principal responsável financeiro do lar e para fazer as coisas que sempre gostou. Essa situação estava ficando insustentável até o momento que ele arrumou um emprego onde tinha que voltar a viajar e saiu da produção da empresa. Terminou todos os compromissos com clientes e dispensou sua equipe. Bom, agora a empresa era gerenciada de longe por três sócios ausentes. Aconteceu o que eu temia com minha saída, uma debandada geral.

Eu então tinha jornada tripla para tentar manter a marca, quando chegava do trabalho cuidava da administração e de alguns serviços que ainda pegávamos para quitar as dívidas. O Rafael quase não vinha devido ao trabalho e ficou desacreditado com a saída do meu pai.

Na AGETRANSP comecei a vender algumas roupas e tive um bom suporte da copeira da Agência que quis vender em sua região, então as vendas ainda aconteciam. Fechei alguns negócios para produção de outras marcas que eu fazia quando chegava e às vezes minha mãe e minha irmã me ajudavam.

Mas a ausência do Rafael me incomodava muito, eu estava me desdobrando para a empresa não morrer e ele não estava ali comigo. Eu entendia, mas não durou muito tempo. Até que um dia chamei o Rafael para uma reunião e terminamos a sociedade. Tudo na paz nós éramos muito amigos e honestos então tudo correu numa boa. Lógico que depois do fim nossa amizade nunca mais foi à mesma, infelizmente.


Depois do fim continuei por mais um tempo, mas não tinha mais fôlego para o ritmo de fabricação, até que resolvi ingressar no ramo que achava que tinha vocação o marketing. Graças a Deus ele vem me dando boas experiências, mas isso fica para uma próxima história.

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